Feriadão. Uma semana para o inverno. Florianópolis. Praia. Água gelada. Paz.
Desde pequena, sempre gostei de estar perto do mar, o mar me fez e me faz mais forte. Hoje, quando preciso me acalmar, um passeio à beira mar e fones de ouvido são terapêuticos.
Em muitos momentos de crise, daqueles que a gente acha que não tem solução, longe do mar, eu abri a torneira do chuveiro, me joguei debaixo d'água e deixei os pensamentos me banharem, junto com a água corrente e, às vezes, com as lágrimas.
A água lava os sentimentos ruins, a dor e faz a gente enxergar melhor.
Às vezes, um mergulho desobstrui as vias nasais... e os pensamentos.
Às vezes, a gente preferiria que a água não tivesse nos feito enxergar melhor, porque a realidade talvez não seja o que queremos ver.
Aí a gente mergulha outra vez.
Aí a água gelada nos lembra que só estando vivo pra sentir o prazer da água tocando no corpo.
Aquela gota deslizante que percorre todas as curvas é o desejo de liberdade.
Água salgada é liberdade.