domingo, 13 de julho de 2014

Topo! Por que não?

"Topa? Topo!" 

E esse é o diálogo mais ouvido nos últimos dias, por mim. 
Esse diálogo resume um pouco de uma vida corrida de alguém que agora "se permite". Se permitir, pra mim, significa arriscar, não ter medo de agir, não ter medo de dizer não, ou de dizer sim. 
Insegurança era um sentimento muito presente em mim, quando eu ainda tinha cushing e estava na graduação... Não sei se isso teve alguma relação com minha mudança de estado de espírito, mas sinto-me mais segura de mim, mais segura pra dizer sim às mudanças, sim aos desapegos, sim às festas, sim às alegrias, sim aos desafios; e pra dizer não ao trabalho excessivo, não ao estresse...
Às vezes a gente acha que a vida não pode mudar muito, mas qualquer decisão tomada muda o nosso ser, a nossa rotina, a nossa vida.
Nesse último final de semana fui viajar, fui convidada num dia, no outro partiríamos. Não pensei muito, só "topei". Sempre fui uma pessoa super responsável, que pensava mil vezes antes de fazer alguma coisa. Por esse motivo, nunca fazia muita coisa. Já me arrependi de não ter feito certas coisas, nunca me arrependi de algo que fiz. Tudo que foi feito, que "aconteceu", serviu de aprendizagem sejaláparaque. 
As decisões tomadas de súbito às vezes fazem bem, fazem a gente apreciar a paisagem, fazem a gente viver. 
Hoje posso dizer que sou uma pessoa que aceita desafios e aproveita tudo que pode.
Há alguns dias li uns textos falando sobre "mulheres independentes" (e mais um monte de coisas) e sobre como as pessoas supostamente não sabem lidar com isso. Já falei um pouco sobre "independência" uma vez, aqui, hoje acredito que minha noção mudou. Aprendi a não depender de sentimentos que me derrubam, a não depender do que não tenho, a não depender de resultados "medíocres", mas ainda dependo de mim, das minhas decisões, da minha família, dos meus amigos e das oportunidades da vida. Por que estou falando isso? Porque pra alguém poder dizer "Topo!" sem ter medo, tem que saber do que sua vida depende e o que não se quer depender. 
Eu dependo de amizades, de paisagens lindas, de um céu azul, de um arco-íris, de felicidade... Pra isso, eu digo: Topo!